o período ainda é meio nostálgico pra mim. meu ano está começando diferente, tô virando gente grande, hoje comprar lixinho de pia e toalhas de rosto me fazem feliz. resolver papelada, me preocupar com orçamento, programar o meu salário para que eu não gaste mais do que ganho e poupar para pagar utensílios domésticos à vista.
sempre me alegrei com coisas pequenas, simples e delicadas. a vida toda fui sentimental, sensível – mas, por trás disso tentei me mostrar forte, durona, e escolhi ficar calada muitas vezes. desde pequena nunca gostei de exposição, preferi computador à festa de 15 anos, só para não ter aqueles olhares pra mim. e hoje tô aqui, com um blog, compartilhando algumas coisas da minha vida (pela internet não parece um bicho de 7 cabeças, mas mesmo assim, cuido do que mostro). descobri que era eu quem complicava muito algumas situações, a partir disso, venho tentando mudar e aprender que tem como simplificar. assisti Atypical (uma série da Netflix que fala sobre o Autismo), e conheci o mundo do Sam e como ele é corajoso e está aberto à mudanças, mesmo que devagar, e me descobri um pouco Sam. preciso de tempo para absorver e entender. tudo que sinto é muito, então, tá tudo bem ir devagarinho.
porém, falei, falei e ainda não cheguei ao seguinte ponto: ser feliz – é o que mais quero para este novo ano. que seja nas pequenas coisas que vou conquistar. nas saídas sozinha ao cinema ou pra jantar. dá para fazer novas descobertas e aprender a enxergar o meu mundo, como ele é. e isso tudo parece muito introspectivo, e é. esse ano é meu.
~
com amor, laura.